Estava eu saindo da clínica Auquimia com minha viralatinha Brigite, quando reencontrei uma “pseudo dondoca” que chegava ao local com sua cadelinha de raça, porte pequeno e de franjinha (não me pergunte qual raça que eu não sei !). A dona da cadelinha logo tratou de afastar sua peluda em franjas da minha Brigite e fazer a tão famosa CARA DE NOJO para minha simpática cachorrinha, que na ocasião abanava efusivamente o rabo como quem diz: “Olá. Como vão ? Sejam bem vindas”. Aliás, este é um comportamento padrão de Brigite. E esta situação me remeteu a uma cena linda que vi enquanto Gite (Brigite para os íntimos) ainda se encontrava no primeiro mês de internação na clínica Auquimia (no Vieiralves). Um dia ao chegar para a minha usual visita, Gite estava brincando, talvez de pique-esconde (não consegui identificar corretamente a brincadeira), com outros 3 coleguinhas de clínica: um sharpei, um labrador filhote e um pug. Ao me deparar com a alegria dos 4 brincando, a primeira coisa que me veio à mente foi como é belo e incrível o mundo animal. Se fossem quatro crianças “humanas” também brincando (sendo 3 delas oriundas de classe social privilegiada), talvez, uma das crianças diria para as outras duas: “Ei ! Não vamos brincar com a Brigite pois ela é viralata. Mamãe me disse para eu não me misturar com viralatas”. E as três crianças, já contaminadas pelo meio, se afastariam da criança “viralata” que ficaria num canto, sem ninguém para brincar.
Mas como eram todos cachorrinhos pertencentes ao despreconceituoso mundo animal, estava tudo em ordem, na Santa Paz de Deus. E ainda dizem que o homem é um ser superior... Tá bom !
P.S.: Ao mencionar - pseudo dondoca - quis descrever uma falsa dondoca. Dondoca que é dondoca tem a silhueta em forma (o que não era o caso) e não leva o cachorrinho pessoalmente ao Pet Shop, manda seu motorista particular fazê-lo.